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Estação de Metro do Parque Maia

Um viaduto não é uma ponte.
A paisagem impõe que este viaduto seja como uma ponte – mas uma ponte sobre um rio sem margens, que não é mais do que uma ligação entre o rural e o urbano e que se expressa num percurso que serve não só para marcar as distâncias mas também para afirmar as diferenças entre ambos.
A estação do metro fica sobre esta nova “ponte” entre estes dois mundos, a assinalar a entrada na cidade.
Assume-se como a marcação de um tempo na passagem de um lugar para outro. Não é por isso um lugar em si mesmo. Afirma-se, pelo contrário, como um hiato entre lugares.
Assim se procura encontrar um sentido para um território que se tem construído pela simples acumulação de elementos, sem qualquer hierarquia e onde qualquer estratégia de desenho está ausente.
É essa procura de sentido que permite estabelecer relações entre o construído e fazer com que os vazios se tornem significantes. Também assim se pode construir uma forma de urbanidade e uma paisagem.
Mas a estação não pode deixar de ser um edifício, um edifício numa ponte ou uma ponte edifício como a Ponte Vecchio em Florença ou qualquer uma das Pontes de Madison County.
Neste caso, e pelas circunstâncias do próprio território, ponte e edifício devem coexistir sem que um se torne mais importante do que o outro. Por isso a estação, mais do que um edifício, é uma estrutura, até como forma de expressar a sua condição de ligação e simultaneamente intervalo entre “mundos” diferentes.
É este esforço de redução ao essencial, à lógica da “engenharia da construção”, que conduz à quase anulação da presença física da estação, tornando-a numa simples estrutura que se sobrepõe e integra uma outra, maior e mais significativa na sua relação com o território, afirmando assim o protagonismo da ponte enquanto agente de toda a ação urbana.
Isto porque a imagem de uma ponte é a própria ponte. Ou melhor, a imagem de uma ponte só pode ser a da sua própria estrutura. Tudo o resto é acessório…

Morada

Avenida João Paulo II

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